terça-feira, 20 de março de 2007



UM POUCO DE HISTÓRIA

A Companhia Desencontrários foi fundada por Joeli Pimentel em 2002, com o nome de Cia de Teatro Bala Perdida, com a montagem de Comprei um tresoitão e fui brincar com Deus, texto de Joeli Pimentel selecionado para a Mostra da Nova Dramaturgia Brasileira no Rio de Janeiro e que depois permaneceu em cartaz em São Paulo e no Paraná.
Em 2003, ainda com o antigo nome mas já com a formação atual (Joeli Pimentel, Danielli Avila e Janaina Fainer) produziu o espetáculo Ontem à noite fiz minha garota chorar que esteve em cartaz em São Paulo (Espaço Cemitério de Automóveis, Espaço Next e Studio 184) e também participou do Fringe/Festival de Curitiba.
Em 2004, além de continuar em cartaz com Ontem à noite fiz minha garota chorar, Joeli Pimentel adptou seu texto Mais um dia chutado na bunda, para curta metragem e gravou em vídeo digital com produção da Cia, quando esta passou a se chamar Cia Desencontrários.
O curta metragem Mais um dia chutado na bunda foi selecionado para mostra Competitiva do 10º Florianópolis Audiovisual Mercosul e para o Festival Latino Americano de cinema e vídeo CineSul 2006.
Em 2005, estreou Jovens Suicidas cumprindo temporada no Espaço Next, Teatro Cacilda Becker e Teatro Arthur Azevedo.
Em 2006, estréia sua primeira peça infantil, O Ursinho que não queria dormir no Teatro Cacilda Becker sendo selecionada para participar do programa da Prefeitura de São Paulo “Recreio nas Férias” e “São Paulo é uma Escola”.
No segundo semestre volta em cartaz com Jovens Suicidas no Centro Cultural São Paulo e no Teatro Martins Penna.
Em 2007, volta a participar do “Recreio nas Férias” com O Ursinho que não queria dormir além de se apresentar no Sesc Sorocaba.
A Cia Desencontrários desenvolve um trabalho que tem uma estética própria e uma temática urbana voltado a um público variado, conhecedor ou não de suas influências.
Influências que vão de Albert Camus, Jean Paul Sartre, Dostoievsky passando por Henry Miller, John Fante, Bukowski, Pedro Juan Gutierrez, Plínio Marcos, Nelson Rodrigues e Paulo Leminsky na literatura e dramaturgia.
Da cultura pop contemporânea, a Cia carrega referências vindas de HQs de Frank Miller, Gert Enes, Will Eisnley, hai-kais de Matso Bashô, filmes de Beto Brant, Nelson Pereira dos Santos, Akira Korosawa, Sam Peqnpa, Orson Welles, John Cassavetes, Quentin Tarantino, a grafitagem de Basquiat e muito rock and roll.
Dos clássico, traz consigo, a filosofia de Nietzchie e Schopenhauer, a poesia de Cruz e Souza, Fernando Pessoa e Walt Whitman, além da música de Bethoven.
Embora tais influências possam parecer aleatórias, elas não são. A Cia sabe bem o que busca e se reserva a liberdade de escolher o que julga melhor indo de encontro direto a contemporaneidade desse mundo digitalizado de constantes mudanças e dualidades em que vivemos.
Seu teatro busca uma nova linguagem, lança propostas e não apenas procura vender ingressos, mas ser auto-expressão de sua realidade, desejos e sonhos, buscando através de sua pesquisa aproximar o teatro da população da metrópole expondo temas urbanos e que causem identificação e compreensão das personagens e textos.
A pesquisa da Cia não se limita à pesquisa de textos teatrais ou análises críticas de métodos de interpretação e sim, busca uma inter relação do texto com os diferentes elementos propostos pela encenação seja o cenário, seja a trilha sonora. Nada é escolhido ao acaso, tanto os figurinos quanto a arte gráfica dos cartazes são estudados para levar ao público o objetivo da montagem.
A busca por diferentes registros de interpretação, faz com que a Cia vá de espetáculos adultos a infantis sem problemas, pois afinal, o que importa é a pesquisa cênica, chegando inclusive a experimentações com a linguagem cinematográfica.

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